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segunda-feira, 30 de junho de 2008

MEDO

O medo bateu-me à porta
Vou fingir que não o conheço
E ao olhá-lo frente a frente
Direi “sou forte, não te mereço”

Nunca pensei perder o controle
Das emoções e da sensatez
E que a noite ao chegar de mansinho
Me causasse tal ponto de lucidez

Ter medo de ver, falar e ouvir
Ter medo de ser a única a fugir
Ter medo de no fundo saber qual é o fim
E acima de tudo, ter medo de mim

Recuso-me a continuar
Seguir o caminho sem luz de presença
Mas ter a certeza que ao lá chegar
Já sei o resultado da minha sentença

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