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terça-feira, 30 de setembro de 2008

PURA INTUIÇÃO

Cada caminho que percorro
Uma dúvida e fico sem noção
Normalmente não erro o destino
Talvez por pura intuição

Nunca tive atitude assertiva
Vario sempre no sim e no não
Por sorte não fico sem resposta
Talvez por pura intuição

Aguentar cá dentro o que sinto?
Ou rebentar de exaustão?
Ainda continuo inteira
Talvez por pura intuição

Cumprir as responsabilidades
Cedendo à diversão
Tenho a vida nos eixos
Talvez por pura intuição

SORRI

Sorri porque te apetece
Sorri porque tu mereces
Sorri com muita vontade
Sorri pela liberdade
Sorri com o nascer do dia
Sorri e sente alegria
Sorri para quem te faz sorrir
Sorri e chora de tanto rir
Sorri para enganar a tristeza
Sorri porque é tão simples a beleza
Sorri se tens vontade de chorar
Sorri por conseguires amar
Sorri durante toda a vida
Para que a vida te sorria de volta
Sorrir é a melhor saída
Para quem quer andar à solta

MEU PORTUGAL

Mereces um hino ao teu hino
Pois cântico mais belo não conheço
Perdoa de não ser eu a fazê-lo
Mas de tamanho dom ainda não padeço

Por ti sim, ergo a bandeira
Sinto saudade
Choro a sorrir
Luto p’la liberdade

És no sentido e na noção
Um país de tradições
Cultivas com toda a convicção
Um património de gerações

Respeito cada canto teu
E sinto que de todos faço parte
Pátria de nobres e lutadores
Prometo para sempre amar-te.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A VIDA

Há momentos em que a vida
Nos nega alguns sorrisos
Torna os dias em noite
Não nos dá o que é preciso

Há momentos em que a vida
Parece que nos tira o chão
Insiste em esconder o Sol
E teima em não nos dar razão

Há momentos em que a vida
Constrói muros em cada esquina
Alimenta a má vontade
E envolve-nos numa triste sina

Para todos os maus momentos
Com que a vida nos quer presentear
Há que saber dizer que não
E bater a porta para não os deixar entrar

Sorria para a vida
Em cada dia que passa
Sinta o Sol em cada momento
Tenha força, vontade, mostre a sua raça.

CRIANÇA

Ser criança é ser sorriso
é dar gargalhadas, ter pouco siso.
Ser criança é não deixar de sonhar
viver o momento e sempre acreditar.
Ser criança é saber cair
magoar os joelhos, mas sempre a sorrir.
Ser criança é jogar ao berlinde
marcar mais pontos, antes que o jogo finde.
Ser criança é brincar ao herói e ao bandido
não importa quem ganha, não é tempo perdido.
Ser criança é cantar uma canção,
é andar de bicicleta, por vezes em contra-mão,
Ser criança é um arco-íris pintar
misturando as cores, inventar!
Ser criança é ser o Sol,
ser feliz, ter esperança
por isso dai-nos um sonho
e deixai-nos ser criança!

SUSSURROS

Oiço sussurros de alguém
Nas paredes da amargura
Quero falar-lhe mas não sei
Parece que algo me segura

Oiço sussurros de dor
Gemidos que fazem estremecer
Palavras sem nexo e um choro ainda maior
Evocam o nome de Deus sem saber

Oiço sussurros de aflição
Vindos de um céu estilhaçado
Perco o sentido e a noção
Vejo-me num mundo fechado

Oiço sussurros perdidos
Que vagueiam pela madrugada
Quero guiá-los no caminho
Mas confesso, estou estafada

Oiço sussurros que magoam
E ferem sem dó nem piedade
Não consigo fazê-los parar
Hão-de levar-me à insanidade

Oiço sussurros que sussurram
E me dizem que os conheço bem
Pois quem provoca tal barulho
É minha alma que não sabe o que tem

terça-feira, 2 de setembro de 2008

VOU E NÃO VOU

Vou enganar a saudade
Dizer que não sinto falta
E vou mentir p’ra verdade
Que o meu coração já não salta
Quando te vejo passar,
E esboçar um sorriso
Maior que as ondas do mar
Que me faz perder o juízo

Vou deixar secar
As rosas do meu jardim
Os cravos da minha varanda
E da janela o alecrim

Vou trocar as voltas
À rotina do meu amor
Trocar o dia e a noite
O frio e o calor

Vou abrir todas as portas
E perder as chaves sem querer
Porque este diz que é viver
Já não me seduz
E nem me traz essa luz
Que me devia abrigar
Do meu medo do escuro
E me devia ensinar
Que não é mais seguro
Depender de alguém
Que só nos bate à porta
Quando a preguiça não tem
Sinais de vida, está morta

Já dei a volta por cima
A este vou e não vou
E o sabor a limão e lima
Que tanto amargou
Já foi para a sucata
P’ra enganar mais um tolo
Que um belo ferro é prata

A TUA CHEGADA

Chegaste com o amanhecer
No primeiro raio de Sol
E não sei se foi sem querer
Mas o meu caminho iluminou-se
Com a luz do teu farol

Trouxeste na algibeira
Mesmo à tua beira
A brisa do mar,
E eu só por cortesia
Te disse “Bom dia,
Vens para ficar”

E tu num sorriso rasgado
Mesmo ao meu lado
Me disseste assim:
“Meu Amor, minha vida
Teu amor é meu néctar,
É a essência e a solução
Para os devaneios do meu coração”

Senti-me voar
Sem peso nem medida
E sem poder evitar
Prendi-me em teus olhos
E já não me senti perdida

Ficaste naquele dia
E nos outros que se seguiram
E a noite que era sempre tão fria
Tornou-se mais quente
E com a calma da maresia

A SORTE SOU EU

Nos segredos do silêncio
Guardei a minha sorte
O meu desejo
Minha vontade
Pois não conheço melhor forte
P’ra guardar a felicidade

Percebi no teu sorriso
Que o olhar não se padece
Quando na voz é preciso
Suplicar com uma prece

Quando me chamas amor
Não tens alma
Garra nem loucura
Imitas as frases banais
Que trazem o amor de pendura

Descobri que a sorte sou eu
Com conquistas, derrotas
Amores e desamores
Sou um pacote completo
De alma sã
E muitas dores

Quando olhares para trás
P´ra procurar mais um abrigo
Meus olhos não vais encontrar
Porque já não preciso
De viver sob um comando
Que de vez em quando
Prefere fazer sofrer
Alguém que por insegurança
Fazia desse amor vazio
A sua razão de viver.

DESEJO

Desejo o silêncio da tua boca
Os beijos que não deste
E o que mais quiseste
Porque por ti sou louca

Desejo os teus sonhos profundos
Os teus ideais
E todos aqueles sinais
Que não dás a entender
Mas que eu sei perceber
Que são por saudade
De uma liberdade
Que não queres partilhar
E que sem dares conta
Sabes que estou pronta
P’ra te poder amar

Desejo os teus desejos
E quero que me desejes a mim
Deixa-te levar
Pelo meu caminho
Porque o teu destino
Está ligado ao meu
Por muito que negues
Que não vais p’ra onde eu for
Eu sei que o teu porto
É o meu Amor.

NOITE

Noite tão fria e escura
De uma solidão abominável
Porque me fazes sentir insegura
E com um medo insaciável

Porque insistes em usar o preto
Se não te favorece em nada
Precisas de abrir horizontes
E deixar de ser antiquada

Tens por ama a silenciosa lua
Que nem sempre está no melhor lado
Apesar de saber que já não precisas
Tem sempre um especial cuidado

Peço-te ó noite infinita
Que não te demores cá fora
Era melhor voltares a casa
P’ra calar minha alma que chora.

AMOR DE INVERNO

Amor das tardes de Inverno
Dos beijos, das carícias, tão terno!
Tendo a lareira como confidente
As chamas como testemunhas
E o frio, tão bom, tão quente!

Comparo-te amor de Inverno
Ao amanhecer dum dia de verão,
À luz das estrelas na escuridão,
Ao cheiro do orvalho,
Ao toque da brisa do mar,
A isto, aquilo, sei lá!
Acho que podia continuar, continuar...

Amor de Inverno, amor eterno
Amor de vaidade, amor com saudade
Amor de ternura, amor que perdura
Amor com ferida, amor para a vida.
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