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terça-feira, 26 de julho de 2011

PARA PARTE NENHUMA


Levei um pedaço da tua gratidão
E guardei-a no bolso do casaco
Quem sabe, pelo sim, pelo não
Me fosse cair algum bocado!

Parti para parte nenhuma
E encontrei um mendigo a pedir
Perguntou-me: “a menina fuma?”
“Credo! Isso é um mal a abolir!”

Olhou-me desconfiado
E a sua boca não mais se abriu
Continuei para nenhum lado
E o mendigo não mais se viu.

Como por intuição
Levei a mão à algibeira
Lá estava o pedaço da tua gratidão
Que bom tê-la à minha beira!

Mais um atraso no caminho
Desta foi um transeunte perdido
Disse-lhe que sigo como as velas do moinho
Que para onde vou, me basta o que tenho vivido.

Não percebeu o que lhe quis dizer
E continuou perdido na estrada
Eu esforcei-me por esclarecer
Mas rejeitou e seguiu na enseada.

Quando finalmente encontrei o meu rumo
Parei para absorver aquela sensação
E como fugaz segue o fumo
Assim soltei a tua gratidão.

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