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quinta-feira, 5 de julho de 2012

NO FUNDO DO QUINTAL




Oiço a água a correr
Ao fundo do meu quintal
Quem me dera poder beber
Aquela paz, meu bem essencial

Consigo ver com claridade
As pedras que habitam no fundo do rio
Límpidas e frescas, que serenidade
Sempre de bem com o senhorio

Sentada no banco de madeira
Outrora tronco de uma árvore qualquer
Meus pensamentos não encontram maneira
De saber como me tornei nesta mulher

O vento começou agora a soprar
E as folhas começam-se a fazer ouvir
É altura de dar espaço a quem quer falar
E deixar assim o tempo fugir.

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